Diário de Sobrevivente - Karlöyev Kiev Ivanovitch
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Diário de Sobrevivente - Karlöyev Kiev Ivanovitch
Diário de Sobrevivente
Sia - Fire Meet Gasoline
Prólogo - O Major Russo
A você, que está lendo isto, eu sinceramente espero que tenha mantimentos suficientes para se manter nesta leitura até o final. Esta não é uma história alegre, tampouco fantasiosa, os fatos nela descritos são totalmente verídicos e demasiado fortes. Se não tens estômago ou descrição suficientes para ler isto, descarte este pedaço de papel o mais rápido que puder, não peço que o queime, já que este pode ser o último palito de fósforo que tem ou o querosene de seu velho isqueiro esteja velho demais para consumir as palavras de um jovem Major russo. Se você ainda insiste em prosseguir, é um sinal de que é suficientemente curioso ou louco, em um mundo Apocalíptico como esse em que vivemos, sobreviver é muito mais importante do que qualquer leitura. A ideia de um Zumbi lento e gemer pelas ruas não é mais algo em que se pode confiar. Essa merda de vírus, doença ou seja lá o que for, progrediu e evoluiu tanto que as mutações nessas criaturas tornaram-se ainda mais assustadoras. É nessas horas que eu queria ter ido em missão no Quênia para pelo menos aprender um pouco das práticas de corrida dos famosos Maratonistas que vão ao Brasil correr a famosa São Silvestre.
Se tudo está bem agora? Não, não está. Se eu achava que a vida militarista pudesse ser dura e difícil, tudo pode sim piorar. Confesso que minha consciência foi desligada a partir do momento em que grupos - ou manadas -, de Zumbis invadiram toda a Rússia. O noticiário informava isto a todo instante, parecia coisa de filme. Logicamente as forças armadas foram imediatamente solicitadas. E os humildes Batalhões de Mordóvia também. Homens deixavam mulheres e filhos e passavam a noite com suas armas. Muitas mulheres de fibra, movidas por questões passionais também abriram mão de suas residências e também abraçaram as armas. Toda ajuda era bem vinda. De imediato a República Mordovina foi deixada em estado de alerta, e toques de recolher foram implementados. Uma série de recomendações foi feita a população: de economia de água até comportamental, aquele que era visto a caminhar sozinho pelas ruas - exceto funcionários públicos de saúde e das forças armadas -, era severamente advertido e escoltado a sua residência. O patrulhamento de polícia ficou responsável pela situação atual dos Mordovinos, enquanto grande parte da população embarcava em comboios rumo a Moscou, a Capital Russa.
Por um instante, um clima solidário tomou o mundo. A Organização das Nações Unidas enfim conseguiu o que queria, a Utópica Paz Mundial. Os Zumbis estavam a aparecer por todo o Mundo, e isolar uma região era prioridade. Muitos colocavam a culpa nas Nações Africanas, de onde julgavam vir a maioria da população Zumbi. Em uma das reuniões das quais participei, presenciei grupos desesperados de Doutores e Cientistas buscarem de onde originava-se este vírus e se ele era capaz de evoluir. Mas como todo mundo sabe, quando mais se mexe na merda, mais ela fede. Quanto mais se buscava a cura, mais a peste se alastrava. O litoral Russo já era declarado como inóspito pela mídia local e isto preocupava ainda mais a todos. Passei noites claro unido a outros Oficiais Militares a refletir sobre alguma solução. Alguns pensavam em utilizar o grande centro de cárcere Siberiano como uma forma de manter os Zumbis por algum tempo, até mesmo o Presidente Russo teria acatado a esta opção, se membros da Embaixada dos Direitos Humanos na Rússia não estivessem naquelas reuniões conosco.
A decisão: o Norte. Enquanto os embaixadores eram convencidos de que aquela seria uma boa forma de afastá-los. Ainda haviam os esperançosos de que iriamos levar um Zumbis para se divertir na Sibéria. O plano parecia simples, mas útil. Pelo menos para dar tempo de evacuar os habitantes para uma área mais segura. Em poucos dias os Zumbis se aproximaram de Moscou, e a população foi levada para o Oriente do País. Foi pior do que em uma guerra, os Zumbis pareciam se multiplicar como uma praga, e a cada militar morto, mais e mais o exército de Zumbis tomava força. As munições em questão de poucos dias começaram a se tornar artigo de luxo. O curso do confronto de fato foi seguindo-se para o norte, e por um instante, as pessoas pareciam ter esperança. Teria dado certo, se os Zumbis não apresentassem a resistência ao frio que os Doutores tanto diziam que estes não possuíam. O efeito surpresa foi quase fatal, naquele momento, tudo poderia se voltar contra nós, e expor criaturas como aquelas para com a radiação poderia as tornar algo ainda pior.
Infelizmente Continua...
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